Dizem
que a gente sabe pouco sobre o cérebro. Pode ser verdade, mas cada vez mais
estudos na área de ciências sociais e psicológicas ensinam coisas que podem ser
aplicadas no dia a dia e podem melhorar o desempenho do cérebro nas tarefas
cotidianas. Algumas fazem parte do senso comum, outras vão justamente contra
ele. Dá uma olhada:
Às
2h da manhã, depois de um longo dia de trabalho, você deita a cabeça no
travesseiro e fecha os olhos. Daí, naqueles 10 a 15 minutos em que seu cérebro
está desligando, você tem ideias incríveis: um texto que gostaria de escrever,
um desenho, um projeto novo. A maioria das pessoas acaba sucumbindo ao sono,
não anota nenhuma das ideias que teve e, no dia seguinte, esquece tudo. Você já
deve ter passado por isso, né?
Quando
você está cansado, seu cérebro funciona assim, meia boca. E isso é ótimo pra
sua criatividade, porque ele se torna incapaz de filtrar distrações e se focar
muito em uma coisa só. E isso, pro trabalho criativo, é excelente, já que te
deixa mais aberto a novas ideias, inspirações e conexões improváveis.
Quem não ama uma soneca? Claro que é preciso
saber tirar o melhor delas (sob o perigo de acordar mais cansado do que quando
foi deitar), e para isso, vale seguir esse infográfico aqui. Mas o importante é
saber que sonecas melhoram a memória de acordo com esse estudo e te ajudam a
solidificar as coisas que você aprendeu (ou seja: jamais dispense uma
sonequinha depois daquela tarde de estudos!).
Você
já tentou meditar? Não acontece de um dia para o outro, verdade. Ninguém
consegue esvaziar a cabeça tão rápido assim. É preciso treino, e nada de
cobranças: seja generoso com a sua cabeça apinhada de estímulos e informação.
Mas uma vez que você consegue, a coisa se torna viciante.
O
motivo é simples. Há uma porção de estudos comprovando que meditação afeta o cérebro
pra melhor. Meditando, você melhora sua capacidade de concentração, diminui a
ansieade, fica mais criativo, mais generoso, menos estressado e - pasme! - até
aumenta a quantidade de matéria cinza no seu cérebro, o que se traduz em mais
emoções positivas, estabilidade emocional e concentração.
Todos
nós, frequentemente, nos incomodamos com as impressões que temos da passagem do
tempo, ora rápido demais, ora se arrastando. Cientistas descobriram que é
perfeitamente possível manipular o cérebro para entender determinados períodos
de tempo como tendo passado mais rapidamente ou devagar: se você quiser uma
impressão de que “esse mês voou”, basta não fazer nada de novo. O inverso
também funciona.
O
cérebro demora um tempo até processar novas informações, porque essa percepção
de tempo é controlada por várias áreas diferentes. Quanto mais coisas novas
você fizer, mais tempo deve demorar até que seu cérebro organize isso, dando a
impressão que o tempo passou mais devagar.
Sabe
quando você não se permite criar por insegurança de que suas ideias sejam
ruins? Deixe isso de lado. Você só poderá ter boas ideias se deixar as ideias
más fluírem pelo seu cérebro. Um cientista da Universidade de Pittsburgh
descobriu que é tudo uma questão de proporção. “Você pode maximizar a chance de
ter ideias expecionais não necessariamente aumentando a qualidade média das
ideias, mas aumentando a variedade da qualidade das ideias. Iniciativas
criativas bem sucedidas e sustentáveis têm mais a ver com um grande fluxo de
ideias, e não com uma capacidade de uma média mais alta de boas ideias o tempo
todo”, eles detectaram.
Ou
seja: deixa a vergonha de lado na hora de criar. Você precisa das coisas ruins
para que as boas apareçam na sua cabeça.
http://revistagalileu.globo.com
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