Um ano em que se viveu a mesma
vida de sacrifício, de lutas, de ilusões desfeitas, de água fria na fervura dos
que teimam em conseguir alguma coisa, dos que têm ideais, dos que creem no
futuro e tudo dão para vê-lo cor-de-rosa.
Quantas vezes se pensa em abandonar tudo pelo meio,
deixar de parte as boas intenções, fugir da trincheira ao se aproximarem os
combates sem perspectivas de vitória! Mas não, viver é honra e portanto devemos
manter a chama acesa, não largar o remo para que o nosso barco não soçobre,
conservar muito sangue frio nos momentos difíceis e prosseguir na arrancada.
Esse é o dever dos fortes de espírito.
O mundo realmente como está, dá para isso. Tão
atordoados andam os homens, com os ponteiros dos seus relógios tão desacertados
que dificilmente se chega a conclusões acertadas.
Vive-se numa eterna borrasca, o céu negro, as nuvens
grossas, ventos soprando forte, mar revolto, mas apesar de tudo isso a
esperança de uma bonança deve ser conservada e a coragem para vencer o vento, o
mar, as nuvens negras, a borrasca deve ser mantida.
Viver é honra. Vivamos, pois, ainda que tudo conduza
ao desespero. Às vezes, de um ato de bravura cívica depende a paz.
Viver é honra! Vive-se de muitas formas, mas todas
elas devem convergir para um único fim: o bem-estar da humanidade e a cobiça da
paz de espírito.
Lá se vai mais um ano com as mesmas características
dos anos passados! Mas não nos esqueçamos de que houve algo muito importante e
diferente que foi a chegada do homem à Lua (1969), que emocionou a todos e
principalmente às crianças dadas à aventura que lêem nos seus livros infantis e
que consideram esse feito da América o máximo.
Que
vejamos partir, pois, este ano como todos os outros, esperando sempre o melhor
no próximo e não o pior, pois o pessimismo não constrói coisa alguma nem modifica
para melhor. É preciso, pois, para vencer na vida com honra uma boa dose de
otimismo.
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