sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Viver (Mais um ano se passa)



Mais um ano se vai.
Um ano em que se viveu a mesma vida de sacrifício, de lutas, de ilusões desfeitas, de água fria na fervura dos que teimam em conseguir alguma coisa, dos que têm ideais, dos que creem no futuro e tudo dão para vê-lo cor-de-rosa.
Quantas vezes se pensa em abandonar tudo pelo meio, deixar de parte as boas intenções, fugir da trincheira ao se aproximarem os combates sem perspectivas de vitória! Mas não, viver é honra e portanto devemos manter a chama acesa, não largar o remo para que o nosso barco não soçobre, conservar muito sangue frio nos momentos difíceis e prosseguir na arrancada. Esse é o dever dos fortes de espírito.
O mundo realmente como está, dá para isso. Tão atordoados andam os homens, com os ponteiros dos seus relógios tão desacertados que dificilmente se chega a conclusões acertadas.
Vive-se numa eterna borrasca, o céu negro, as nuvens grossas, ventos soprando forte, mar revolto, mas apesar de tudo isso a esperança de uma bonança deve ser conservada e a coragem para vencer o vento, o mar, as nuvens negras, a borrasca deve ser mantida.
Viver é honra. Vivamos, pois, ainda que tudo conduza ao desespero. Às vezes, de um ato de bravura cívica depende a paz.
Viver é honra! Vive-se de muitas formas, mas todas elas devem convergir para um único fim: o bem-estar da humanidade e a cobiça da paz de espírito.
Lá se vai mais um ano com as mesmas características dos anos passados! Mas não nos esqueçamos de que houve algo muito importante e diferente que foi a chegada do homem à Lua (1969), que emocionou a todos e principalmente às crianças dadas à aventura que lêem nos seus livros infantis e que consideram esse feito da América o máximo.
Que vejamos partir, pois, este ano como todos os outros, esperando sempre o melhor no próximo e não o pior, pois o pessimismo não constrói coisa alguma nem modifica para melhor. É preciso, pois, para vencer na vida com honra uma boa dose de otimismo.

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