terça-feira, 5 de junho de 2012

DANCE COMIGO...


Leiam e sintam o prazer da inocĂȘncia e do amor humano que uma criança transmite em um simples gesto ou fala.
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Quando somos jovens e sonhamos com amor e prazer, pensamos em noites enluaradas em Veneza ou em passeios numa praia ao pĂŽr do sol. NinguĂ©m nos diz que os melhores momentos da vida sĂŁo efĂȘmeros, nĂŁo planejados, e quase sempre nos pegam de surpresa.
NĂŁo faz muito tempo, eu estava lendo uma histĂłria para Amue, minha filha de sete anos, quando percebi seu olhar fixo em mim. Tinha uma expressĂŁo longĂ­nqua, parecia meio hipnotizada, como se nĂŁo desse importĂąn­cia Ă  histĂłria que ouvia.
Perguntei o que estava pensando.
- MamĂŁe - ela murmurou -, nĂŁo consigo parar de olhar para vocĂȘ. VocĂȘ Ă© tĂŁo bonita ...
Quase derreti de emoção. Ela mal sabia que suas palavras sinceras e amorosas me dariam um grande apoio ao longo dos anos seguintes.
Pouco tempo depois, levei Sam, meu filho de quatro anos, a uma elegante loja de departamentos, onde a melo­dia de uma canção de amor nos levou atĂ© um pianista.
Sam e eu nos sentamos perto dele e o menino pare­cia petrificado pela melodia. De repente, Sam se levantou, veio para a minha frente, tomou meu rosto em suas mĂŁozinhas e disse:
- MamĂŁe, dance comigo.
Se essas mulheres que circulam nos ambientes mais luxuosos e romĂąnticos soubessem a alegria que esse convite feito por um menino de rosto redondo e den­tes de leite me proporcionou! Embora as vendedoras estivessem rindo e apontando para nĂłs enquanto deslizĂĄvamos e rodopiĂĄvamos, eu nĂŁo trocaria minha dança com este jovem charmoso e irresistĂ­vel nem mesmo pelo universo inteiro.

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