OS ERROS QUE LEVARAM O
CORINTHIANS DE MELHOR DO BRASIL À ELIMINAÇÃO VEXATÓRIA NA LIBERTADORES EM 42
DIAS
O melhor time do Brasil no dia
1º de abril, quando goleou o Danubio e confirmou a liderança invicta no
"Grupo da Morte", está eliminado da Libertadores em 13 de maio para o
Guarani paraguaio.
Exatos 42 dias. Um empate e três derrotas no torneio continental, eliminação nos pênaltis para o Palmeiras no Paulista. Também uma seqüência de erros que levaram o Corinthians ladeira abaixo até o fim da trajetória na grande meta em 2015.
Exatos 42 dias. Um empate e três derrotas no torneio continental, eliminação nos pênaltis para o Palmeiras no Paulista. Também uma seqüência de erros que levaram o Corinthians ladeira abaixo até o fim da trajetória na grande meta em 2015.
Entre eles não está a
demonstração de alguns conceitos de jogo que Tite desenvolveu em seu ano
"sabático" para uma emissora de TV. O que o técnico apresentou
qualquer equipe de scout e análise de desempenho perceberia ao estudar apenas
uma partida do time corintiano.
O próprio treinador admitir que
a execução do 4-1-4-1 dependia dos laterais Fagner e Fabio Santos/Uendel para
fazer a saída de bola. São os melhores passadores no campo de
defesa. Pelos méritos dos jogadores, mas principalmente porque os
zagueiros Felipe e Gil e, principalmente, o volante Ralf contribuem pouco com
passe "limpo", vertical.
O Corinthians sai pelos flancos
e parte para as triangulações porque a inversão de jogo depende do recuo de um
dos meias pelo centro - Elias ou Renato Augusto. Ralf é importante no combate,
assim como pela liderança, experiência de campeão sul-americano e mundial em
2012. Mas é peça praticamente descartável na construção do jogo corintiano.
Porque o volante, além de
desarmar, tem como principal função no futebol atual desafogar o próprio time e
começar a desarticular o adversário com um passe que otimize as ações
ofensivas, encontre os companheiros no mano a mano ou até em vantagem numérica
no setor onde está a bola. Mas Ralf toca de lado, a jogada até sai, porém não tão
rapidamente quanto poderia.
Por isso o Corinthians ficou
tão previsível e facilmente mapeado. Tite pecou por não buscar soluções, um
"plano B" - como Bruno Henrique à frente da defesa, por exemplo. Mas
é nítida a queda no preparo físico de um time que precisou dar respostas
rápidas na temporada. No dia 4 de fevereiro já teve que voar para golear o Once
Caldas em casa com um homem a menos para encaminhar a vaga na fase de grupos na
semana seguinte.
Oito dias depois, a estreia no
clássico contra o São Paulo. A alta competitividade veio cedo e agora parece
cobrar o preço, junto com a dengue de Guerrero. A equipe veloz e intensa podia
até ter oscilado, mas definhou.
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