EXPERIÊNCIA
FALHADA CRIOU POR ACIDENTE UM SUBSTITUTO PARA CIMENTO QUE ABSORVE CO2
À
medida que as cidades se expandem a velocidades cada vez maiores, o mesmo
acontece com o uso do cimento, necessário para fazer o concreto. Uma
estatística bastante citada diz que a China usou tanto cimento em três anos
quanto os EUA nos últimos 100 anos. Só há um problema: o cimento é responsável
por muito dióxido de carbono na atmosfera.
A
PBS conversou com David Stone, Ph.D. em ciência ambiental, cujo produto foi
feito num laboratório por acidente, enquanto fazia experiências com ferro. A
ideia era impedir que o metal enferrujasse e endurecesse, mas aconteceu algo
diferente.
Começou
a borbulhar e a respingar. E pensei, bem, isto – isto não deu certo. No dia
seguinte, quando cheguei, encontrei o material no lixo e resgatei-o. Percebi que
ele não estava apenas duro: ficou muito duro, como um metal vítreo.
Essa
mistura de produtos químicos suga o CO2 da atmosfera e prende-o, como explica a
Universidade do Arizona:
O
Ferrock só endurece quando exposto a altas concentrações de dióxido de carbono,
que é absorvido e preso, fazendo com que este material seja carbono negativo.
Este gás com efeito de estufa espalha-se na mistura húmida e reage com o ferro,
criando carbonato de ferro e tornando-se parte da matriz mineral do material.
Além
disso, o material resiste melhor que o cimento a fraturas e quebras. Como o
material endurece à medida que o pó de ferro enferruja, pode ser usado em água
salgada e outros ambientes corrosivos. E não requer o mesmo processo de
produção do cimento, que consome muito calor.
Então, será que o Ferrock poderia substituir o cimento, mesmo que em parte? Talvez. Este novo método ainda está no seu início: foi patenteado pela universidade, licenciado para Stone, e actualmente está em testes para demonstrar a sua resistência.
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